RAP CRIOULO
E a realidade dos bairros da Grande Lisboa e Margem Sul
Atuações de Primero G, Ghoya, Né Jah e Mynda Guevara
Conversa com os artistas moderada por Ana Garcia de Mascarenhas
Este debate e série de atuações, trazidos a público no âmbito do programa Terra Irada, com curadoria de Pedro Gomes, tem como pressupostos básicos a oralização e o adensar da difusão da história do rap crioulo, de origem cabo-verdiana, no tecido da cultura portuguesa, concentrando em si quatro das suas micro-gerações (entre géneros e bairros, sempre de alicerces de estaca entre a Grande Lisboa e Margem Sul). Ao falar de si próprio, o rap crioulo fala de uma Lisboa grande (a real) que precisa de se visualizar para que se torne uma. Procura-se nesta instância, através de alguns dos seus principais intervenientes, uma leitura de campo, daquilo que tem sido a Lisboa dos bairros do final da década de 1990 até agora, caracterizada pela persistência de grande parte das suas problemáticas. Em consonância com a premência destes seres humanos que participam na ocasião, e também para lá dela, a ideia é aclarar a indissociabilidade da realidade do rap, no caso crioulo, daquilo que se passa num mundo cada vez mais insustentável a nível nacional e internacional, e onde a intolerância, o racismo, o fascismo, e o capitalismo, não podem merecer qualquer tipo de misericórdia.