VISÕES NO FIM DO MUNDO
O mundo pode ter um fim, ou esse fim já chegou? Certos lugares parecem sobreviver num estado de animação suspensa, como regiões remotas que se desenvolvem em paralelo e em harmonia com a consciência cognitiva do mundo. A primeira noite com curadoria da Discrepant para o maat Mode 2020 explora as possibilidades encerradas por comunidades herméticas isoladas nos confins do mundo, sugerindo que esses lugares, sejam ou não reais, prevalecerão quando todos os demais desaparecerem.
Carlos Casas com Filipe Felizardo
O realizador espanhol Carlos Casas é conhecido pela sua abordagem experimental ao documentário, desenvolvendo formas de trabalho sempre diferentes para cada projeto: curtas e longas metragens, instalações ou apresentações ao vivo.
A sua mais recente trilogia de filmes, END, é consagrada a alguns dos ambientes mais extremos do planeta: a Patagónia, o mar de Aral e a Sibéria.
Avalanche é um projeto em curso sobre Hichigh, uma das mais altas aldeias povoadas do mundo, situada no Maciço do Pamir, no Tajiquistão, também conhecido como “o teto do mundo”. Uma das regiões mais desconhecidas e inexploradas do planeta, as montanhas Pamir são guardiãs tão misteriosas quanto fascinantes de algumas das mais antigas e bem conservadas tradições milenares. Obra em permanente desenvolvimento e pensada para integrar as especificidades dos lugares onde é apresentada, o filme adapta-se a cada ocasião e espaço de exibição. No âmbito do programa maat Mode, é exibido como instalação ao vivo multiecrã, com música ao vivo do guitarrista português Filipe Felizardo.
Instalação ao vivo de Carlos Casas
08/07 → 10/07/2020, 11.00 → 19.00
Concerto de Carlos Casas e Filipe Felizardo
10/07/2020, 18.00 → 19.00
Niagara
O imprevisível trio português Niagara apresenta a sua mais recente versão reinventada de um mundo (não) muito longínquo. Desde o álbum de estreia lançado em 2013, os Niagara desenvolveram uma original e orgânica música eletrónica de dança cujo tecido emocional luminoso é ainda mais evidente nas atuações ao vivo, onde as qualidades do coletivo enquanto máquina apurada de ritmo, groove e melodia são indiscutíveis.
Ao longo do seu percurso, o trabalho do coletivo tem alternado entre a produção de bangers da eletrónica de dança e o aprimoramento de temas atmosféricos e idiossincráticas explorações funk imediatamente identificáveis com a sua estética musical. Das sónicas interpretações de torpores e não-lugares às incursões psicodinâmicas em noctívagas e ambíguas ficções, trata-se de toda uma nova proposta do outro lado do espelho pela mão de um projeto que vem alimentando um público sempre crescente de ouvintes.
Concerto de Niagara
04/09/2020, 18.00 → 19.00