Encontro, corpo a corpo, corpo-árvore, corpo-montanha. Uma conversa-dança que se envolve de verdes coloridos sentidos, cheirados, tocados e ouvidos. Atento à cumplicidade entre todas as coisas vivas. Prática de movimento na floresta.
Pedro Prazeres situa dança e paisagem numa relação simbiótica de conhecimento cruzado. Arquiteto paisagista e coreógrafo à vez, o seu trabalho encaixa na intersecção de ambos os processos criativos e entrelaça a sua prática artística na relação entre o lugar, o sujeito e o etéreo. No seu trabalho, paisagem e dança ressoam através de uma abordagem sensorial, propriocetiva e intuitiva. Criador de instalações coreográficas, deambulatórias ou não, que apresenta em festivais internacionais, em museus de arte contemporânea, em locais não convencionais, em ambientes não urbanos e urbanos. A forma como o humano transforma o meio em que se insere e como esse meio o transforma, é uma das questões centrais no seu trabalho.
domingo, 14/04/2024 — 11.00–14.00
Serra da Arrábida
Marta Wengorovius | Pedro Prazeres
UM, DOIS E MUITOS | O corpo que lê ou o infinito
UM, DOIS E MUITOS | O corpo que lê ou o infinito é o mais recente momento da obra plástica e participativa UM, DOIS E MUITOS,* de Marta Wengorovius, que, para além de obra visual, é um método através do qual a artista explora questões que nascem da intuição e da génese do movimento, acentuando as diferentes dimensões de três tipos de dinâmicas: o UM enquanto singularidade e intimidade, o DOIS como cumplicidade e o MUITOS enquanto encontro com a experiência da comunidade.
O corpo que lê ou o infinito é um convite a um processo lento de gestação e digestão: estes encontros, em formato de deambulação orientada, ativarão a Biblioteca UM, DOIS E MUITOS* (obra criada em 2012 e que se apresenta como uma bússola de reflexão sobre o Método UDM*), numa interseção do Livro com o Corpo. Da Biblioteca UM, DOIS E MUITOS foram escolhidos três livros. Cada livro será lido durante quatro meses por cada Família Utópica. Tempo do UM, Tempo do DOIS e Tempo dos MUITOS. Nesse tempo de cada leitura haverá um Encontro-Estímulo, os Encontros com os Cadernos Nómadas* – diários de leitura e de exploração do UDM –, assim como as Aulas Debaixo das Árvores.* [Consulte o Glossário para melhor compreensão destes conceitos.]
UM, DOIS E MUITOS | O corpo que lê ou o infinito apresenta-se como um quarto momento desenhado para o maat. Este caminho foi iniciado com UDM – Escola Nómada* | Levar as cores onde façam falta (2020–22) no Jardim dos Pintores, Casa da Cerca, Almada, seguindo-se a UDM Residência (2020–23) no Teatro do Bairro Alto (TBA), Lisboa, e, mais recentemente, UDM | Se uma serra nos guiasse (2022–23), na Brotéria, Lisboa.