Parceria: Manicómio

Um grito de uma infância.
É incontornável não falar de amor, conforto ou simplesmente da sua ausência no trabalho de Anabela Soares.
Esta é uma segunda infância para Anabela, que aqui espelha os seus monstros perfeitos, num perfeito abraço.
Um abraço representado por um urso.
Este urso é um caminho de pé posto, é um gesto de conforto, é uma autoestima, é ódio, é raiva, é Anabela num só gesto.
O Urso da Anabela.

– José Azevedo e Sandro Resende, fundadores do Manicómio

Roteiro para a Saúde Mental
O maat associa-se ao Manicómio para pensar o papel dos museus na doença mental e na redução do estigma em torno da doença. Os museus podem ser espaços catalisadores de saúde? Como contribuir para a qualidade de vida e a autonomia das pessoas com doença mental?
O “Roteiro para a Saúde Mental” ocupará vários espaços do maat, numa lógica interdisciplinar que cruza a área da saúde com as artes visuais e a arquitetura do museu.

Anabela Soares (Anadia, 1969) começou a trabalhar no atelier de arte do Centro Hospitalar de Psiquiatria de Lisboa em 2013. A sua escultura Urso integrou a exposição coletiva Deslocado (2015) que teve lugar no Pavilhão 31 em Lisboa, com diversos artistas brasileiros, como Alexandre Baltazar e Rafael Uzai. No mesmo local estiveram expostas diversas esculturas pertencentes à exposição coletiva Entrevista (2016) com Emir Kusturica. Fez parte das exposições coletivas Insubordinar (2019) no espaço Fidelidade Arte, em Lisboa, Incómodo (2020) no Museu Municipal de Faro e O Outro como Epifania do Belo (2021) no Museu de São Roque/Brotéria, em Lisboa. A sua primeira exposição individual Os Monstros (2019) teve lugar na Casa Família Oliveira Guimarães em Penela, seguida de O dia em que perdi o pé (2020) no Museu Bordalo Pinheiro em Lisboa e na Bienal de Cerâmica de Aveiro (2021), além de participar na exposição da Plataforma Revólver No past, No future, The present is looped (2021) em Lisboa. É coautora dos videoartes Arte e Pátio das Emoções. Está presente em diversas coleções privadas de arte. É representada pelo Manicómio desde 2018.

Manicómio é um espaço de criação artística, com galeria e estúdio de arte com artistas residentes que experienciaram ou experienciam doença mental, num espaço de cowork aberto ao público desde 2018 no Beato, Lisboa. O Manicómio oferece liberdade na prática artística e na busca do propósito individual, cruzando a arte com a saúde mental e os direitos humanos.