KMRU e POLIDO

Com o Tejo e os seus sons como ponto de partida, KMRU embarcará literalmente numa caminhada junto ao rio, a captar o que muitas vezes não é ouvido por quem está de passagem. Uma coreografia aquática exata, salpicada pelos arredores de animadas modulações cosmopolitas, a ele juntar-se-á Polido: um artista português proveniente da cidade costeira de São Pedro de Moel, que irá colorir e reimaginar estas paisagens sonoras familiares. 

Joseph Kamaru (ele), também conhecido por KMRU, é um artista sonoro e músico ambiental experimental, criado em Nairobi, no Quénia, e atualmente residente em Berlim, onde é estudante na Universität der Künste Berlin do Programa de Mestrado em Estudos Sonoros e Artes Sónicas. Os seus trabalhos abordam discursos de gravação de campo, improvisação, ruído, ambiente, aprendizagem de máquinas, arte radiofónica e drones hipnóticos expansivos. Ganhou reconhecimento internacional com os seus lugares remotos, bem como com as suas gravações ambientais, incluindo o aclamado álbum Peel de 2020, lançado pela Editions Mego. Apresentou os seus trabalhos no Festival Nyege Nyege, Mutek Montreal, Unsound, GAMMA, CTM, entre vários outros.

Polido (ele) é um compositor e artista da Marinha Grande, atualmente estabelecido em Lisboa. Estudante no Dutch Art Institute (2020–22), lançou o díptico A Casa e os Cães e Sabor a Terra, pela Holuzam no ano passado, depois de singles anteriores nas compilações C- e WET. Partindo das propriedades materiais e tecnológicas do som – e da sua dimensão relacional e imaterial – o seu trabalho sonda questões de linguagem, arquivo e intersecções entre as histórias da música e da política. Paralelamente, tem colaborado ao longo dos anos como compositor e/ou realizador sonoro para filmes de Louis Henderson, Filipa César, Margarida Meneses e Madalena Fragoso.