Fluir Palavra
Fluir Palavra foca-se na literatura e na poesia.
Também se pode estar no centro de uma sala de um museu sem saber ao que se veio, só com ganas de procurar o outro, com olhos, imaginação, medo, curiosidade e as ignorâncias que a todos tocam. Pedir à vida um momento para calçar sapatos alheios, para respirar noutra língua, ver como se viéssemos de fora. Como sempre se chega de fora.
O que é a poesia senão atravessar a noite? A nomeação do bárbaro, do íntimo. Reconhecer o reverso, o sol e a noite, a terra fértil ou devastada. Escreveu João Pedro Grabato Dias que a escrita é arpoar baleias e petiscar enfados. Cruzando a noite, arpoamos as baleias da vigília e do sonho, uns com documentos, outros a salto. Haja tempo para petiscar enfados.
20/03/2022, 18.00: Nuno Moura (em português)
15/05/2022, 17.00: António Poppe, Lula Pena (em português e francês)
03/07/2022, 18.00: Alexandra Lucas Coelho
11/12/2022, 16.00: A garota não
Nuno Moura nasceu em Lisboa, em 1970. Teve asma. Trabalhou em anúncios, clipping, clubes de vídeo, piscinas e livrarias. É doméstico, poeta, leitor e editor da Mia Soave e da Douda Correria. Faz parte dos coletivos O COPO, ÃFÑM, Batatas Parvas e Céus Senhora.
Changuito nasceu em Lisboa na década de 70. Andou essencialmente por aqui e, a espaços, por ali. Desde o fim do século XX que organiza coisas com público. Leituras de poesia, concertos e o diabo. Em 2008 abriu a livraria Poesia Incompleta. Depois fechou. Depois reabriu. Até à falência continuará.
Alexandra Lucas Coelho tem 14 livros publicados, entre romances, não-ficção e infantojuvenis. Estudou comunicação na Universidade Nova de Lisboa, teatro no IFICT e o Portugal islâmico e o Mediterrâneo em Mértola. Trabalhou dez anos em rádio e vinte no jornal Público como repórter, cronista, editora e correspondente (em Jerusalém e no Rio de Janeiro). Recebeu vários prémios de jornalismo e de literatura. Está a fazer para a RTP o programa semanal Volta ao Mundo em Cem Livros.
A garota não é o projeto da cantautora Cátia Mazari Oliveira que, sem artifícios, canta uma reflexão deliciosamente interventiva sobre os nossos tempos, fazendo uma abordagem atual, genuína e doce. Inspirando-se na sua vida quotidiana, canta temas sociais, políticos e de direitos humanos. Na Rua das Marimbas, álbum lançado em 2019, canta o que dói por dentro, o que ri por fora, o que os dias trazem. No dia do teu casamento e Adamastor, tema cujo vídeo foi premiado como melhor videoclipe pelo 17.º Arouca Film Festival, fazem parte deste álbum.
Fluir é um programa que desafia o público para uma nova forma de dialogar e comunicar com as exposições do maat. Performances que partem da Palavra, do Som e do Corpo, com escritores, músicos e performers convidados acontecem no espaço expositivo, propondo momentos de imersão, que provocam e criam novas leituras e uma relação fluída com as instalações e outras obras de arte expostas.
Outras correntes:
Fluir Som
Fluir Corpo