HISTÓRIAS INVISÍVEIS
Com Petra Preta e Puçanga 

30/06/2022 – Sessão 1
IDENTIDADE
“Quem somos?”

Qual é a importância “de Outre” na afirmação da minha Identidade? É a questão que dá o mote para esta sessão onde vamos pensar sobre preconceitos sociais. Através de uma dinâmica de grupo, vamos pensar sobre aspetos que nos caracterizam, qual a nossa cultura local e de que forma esta influencia a nossa formação.
O segundo momento da oficina propõe a prática do stencil, enquanto técnica de reprodução artesanal, aplicado em têxtil e papel. Através da produção de t-shirts e tote bags* vamos explorar novas formas de nos representarmos e assim aumentar o espaço de representatividade. 

* Pode trazer outras superfícies/roupas para aplicar o stencil.

01/09/2022 - Sessão 2 
MEMÓRIA HISTÓRICA
“O que precisamos lembrar?” 

A partir das obras da exposição Interferências e das narrativas pessoais des participantes deste workshop, esta sessão pretende trabalhar os formatos de vídeo e instalação. Utilizando a câmara do telemóvel e uma app de edição, cada participante vai criar um pequeno projeto audiovisual que questiona as formas de criar um documento histórico. Sabemos que os livros, os jornais, os documentos oficiais, as estátuas fazem história. E as nossas memórias, as nossas vidas, será que também podem fazer? Como é que nos organizamos e ocupamos o espaço com as nossas narrativas?
Os projetos criados pretendem ser projetados num objeto instalável a ser construído também pelo grupo. 

* Os participantes que não têm um smartphone podem participar, mas devem avisar a organização através de um e-mail para visitar.maat@edp.pt

Sara Fonseca da Graça, aka Petra.Preta, (n. 1992). Licenciada em teatro pela ESTC, é artista pluridisciplinar e arte-educadora. A partir do seu lugar de fala, questiona-se sobre problemáticas identitárias e de sistemas sociais e as relações de poder que operam como herança de um passado colonial. Iniciou o seu percurso a solo na área da pintura/ilustração com a exposição Por Uma Natureza das Coisas em São Vicente, Cabo Verde. Em 2019, cria uma edição de autor impressa com as técnicas de tipografia e cianotipia, intitulada #MÚSICASDOMUNDO. Em 2021 apresenta a instalação Tabanka, da proteção à cura em Lisboa e Santarém. No mesmo ano, no âmbito da residência All Tomorrows Parties curada pelo coletivo SillySeason, apresenta a performance Solo Status. Participou no evento Kilombo, curado pelas Aurora Negra, inaugurando a peça Humor Negro no espaço AlKantara, que agora se encontra presente na expo coletiva Interferências no maat. O seu mais recente trabalho é uma peça de videoarte, intitulada Manchê Bom, integrada no projeto Primeiro Rascunho do TBA.    
É cocriadora do Histórias Invisíveis, um projeto educativo apoiado pela CMA, que se propõe a refletir sobre os conceitos de identidade, memória histórica e direitos humanos através das artes.

Vera Marques (n. 1992), aka Puçanga, é licenciada em cinema pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e mestre em Cinema: Teoria, Estética e Memória na Université Paris 8, com a tese “Descolonizando: o Tercer Cine, a Argentina e o cinema político de um terceiro mundo dos anos 1960-70”. Fez intercâmbio na UBA – Filosofia e Letras, em Buenos Aires, onde integrou o curso de composição musical com Ricardo Cappellano do Conservatório Manuel de Falla e colaborou com o CASo (Centro de Arte Sonoro), o coletivo Sonido Cinico e com a artista brasileira BEL. No seu projeto musical, Puçanga, lançou o álbum "Fazer da Trip Coração" (2021). Compositora, song-writer e produtora musical. Está neste momento a finalizar o seu segundo EP, a ser lançado em breve. Integrou projetos performativos com atuações no Teatro São Luiz e Centro Cultural Gaivotas (Lisboa). Educadora e cofundadora do projeto Histórias Invisíveis na Escola Miradouro de Alfazina (Monte da Caparica). Neste momento está a desenvolver o projeto Vozes Itinerantes – uma plataforma de investigação sobre a voz, com um programa gratuito e online com workshops de canto e conversas com vários artistas latinoamericanos e portugueses, tais como La Bruja de Texcoco, Ilessi, Soema Montenegro, Edgar Valente, Diego El Gavi, Carincur e Puçanga. Esta edição, com foco no folclore e experimentalismo, contou com o apoio do Programa Ibermúsicas.