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AGENDA INTERFERÊNCIAS 03/09
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maat workshops exhibition
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Terminou
03/09/2022 - 03/09/2022
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Agenda Interferências

03/09

Interferências: Culturas Urbanas Emergentes apresenta outras dimensões da cidade, esta onde estamos instalados. Olha para todas as esquinas e não sempre para as mesmas. Olha para a diversidade e a força que constitui, desocultando corpos e suas histórias, numa metrópole segmentada e antagónica.

Os núcleos da exposição (PreâmbuloContra a Mudez das ParedesCoerção, Resistência e IdentidadesDesenho de Cidade: Comum, Nós por Nós, Cidade RedeDireito ao ImaginárioPadrão) e os seus temas dão o mote a uma agenda de eventos que também compõem a narrativa de Interferências, parte dos quais pretende-se que gerem contributos que integrarão a exposição, num projeto dinâmico revelado ao longo dos seis meses em que estará patente ao público.

O itinerário da exposição cruza-se com os vários momentos da agenda, com núcleos temáticos de carga simbólica equivalente que funcionam também de modo independente, gerando diálogos com a linha estruturante da exposição: o desenho da cidade e os seus atores. 
Os elementos em exposição e os momentos imateriais programados servem para descodificar ausências. Aqui nada é definitivo. A exposição organiza-se também como um cadavre exquis, reservando espaço para que através de workshops e ao longo dos cinco meses de trabalho, novas adendas possam contribuir para este diálogo.

Programa:

11.00–12.00
Visita informal à exposição

Programadas com Tristany, as visitas realizam-se dentro da exposição num ambiente que se pretende descontraído, quase de bairro. São convidados intérpretes que interagem com os diversos núcleos da exposição.
Performers: Mava e Valdo
Cocuradoria de Tristany com os curadores da exposição

12.00–13.00 
Conversa “Desenho Habitado”, com Ana Rita Alves, Anita Lopes, Julia Nogueira
Moderação de Ana Naomi de Sousa

A conversa "Desenho Habitado" questiona quem realmente desenha a cidade que habitamos, através das experiências de vida e de trabalho de quatro mulheres que vivem em Lisboa.

15.00–16.00
Conversa “Rua e Galeria”, com Maria Imaginário, Obey SKTR e Ricardo Campos  
Moderação de Teresa Fradique

“O outrora considerado vândalo, o não artista, é finalmente autorizado no museu, na galeria… Hesitante, sente o peso sobre os seus ombros (…).” (Obey SKTR)
A rua como galeria, a galeria na rua ou a rua na galeria? Os processos de artificação esteticização de práticas de criação alternativas, em particular aquelas que emergem em contexto urbano, têm sido amplamente discutidos. Nesta conversa, pretendemos pensar o gesto artístico e a sua institucionalização enquanto interferência. O que acontece quando estes dois espaços se encontram no frente-a-frente dos seus movimentos próprios em ação? Convidamos todas e todos, artistas, especialistas e públicos a refletir connosco sobre os possíveis efeitos, consequências e impactos que daqui podem emergir.

16.00–17.00
Projeção "Outros Bairros", Kiluanje Liberdade, Inês Gonçalves e Vasco Pimentel, 1999

Outros Bairros é um documentário sobre os adolescentes de origem africana nascidos em Portugal. Existe um novo fenómeno cultural nos bairros periféricos de Lisboa, Pedreira dos Húngaros, Fontaínhas, Cova da Moura, Monte da Caparica, Arrentela, etc, protagonizado por adolescentes de origem africana nascidos em Portugal. Trata-se de uma verdadeira explosão de comportamentos, em grande parte inspirados em modelos culturais negro-americanos, mas que recorre largamente a formas africanas de expressão ainda próximas. É este recente fenómeno de orgulhosa afirmação de identidade étnica e é a riqueza das suas formas de expressão que interessa documentar e interrogar neste filme. Um documentário de Vasco Pimentel, Inês Gonçalves e Kiluanje Liberdade.

17.00–18.00
Projeção "Batida apresenta: O Princípio, O Meio, O Fim e o Infinito", Pedro Coquenão

Local de Batida que, durante todo o mês de fevereiro de 2020, mesmo antes da pandemia, ocupou a Casa Independente, preenchendo as suas paredes com peças como o Neon Colonialismo ou o Aluzejo, cruzando-as com outras, escolhidas a dedo, do acervo do Museu de Lisboa, como a maquete original do Padrão de Leopoldo de Almeida, aguarelas de António Costa Pinheiro ou a escultura dos Pretos de São Jorge. Autoria, Curadoria, Remix, Sampling de Museus? O ar foi ocupado com uma instalação Rádio e o palco com o musical IKOQWE de onde saíram os protagonistas e autores da banda sonora desta curta.
Em O Princípio, O Meio, O Fim e o Infinito são abordados temas como o próprio padrão, o racismo, o antirracismo, o colonialismo e o neon colonialismo e, inevitavelmente, a saúde mental. O primeiro corte foi estreado no Indie Lisboa e uma nova versão foi depois apresentada no Padrão dos Descobrimentos, provocando uma petição para a sua não exibição.
Fez ainda parte da seleção de filmes do Womex 2021, na cidade do Porto.
#neoncolonialismo

18.00–18.30
Performance por Filipa Bossuet

Filipa Bossuet (n. 1998) é uma mulher do Norte que utiliza pintura, fotografia e vídeo experimental para retratar processos identitários, negritude, memória e cura. Licenciou-se em ciências da comunicação, é discente no mestrado de Migrações, Inter-etnicidades e Transnacionalismo e é membro da UNA – União Negra das Artes.

18.30–19.00
Performance por Herlander

Herlander é um artista multidisciplinar baseado em Lisboa que vem reescrever as regras do standard popular musical com o seu som que roça um antipop mergulhando num lago sem género, vozes que harmonizam entre si e sons particulares que se sentam distintos numa só sala. Criado no bairro da Arrentela, Seixal, Herlander tem a sua abertura para música após mudar-se para Londres para produzir o seu primeiro EP experimental, “199”, onde toca assuntos pessoais de um jovem que se apaixona e lhe é quebrada essa paixão numa fase crucial na vida de qualquer adolescente. Após o lançamento do seu EP em 2018, Herlander volta, depois de um hiato em plataforma de dois anos, com uma sonoridade mais matura, magnânima e um timbre que lhe é exclusivo, espalhando por compilações alguns dos seus temas mais recentes, como "quem diriaiaia", "if you give it to me what's luv got to do with it?..." ou “don’t get their names out your mouth”, criando um protótipo ao seu segundo projeto que se aproxima e que foi aberto o arco de introdução no verão de 2021 com o tema "Gisela", lead single do projeto seguido de “Woohooo!!!” enquanto prepara o seu debut LP.

 

Ana Rita Alves é autora do livro Quando ninguém podia ficar: racismo, habitação e território (Tigre de Papel, 2021), e antropóloga, doutoranda no Programa "Human Rights in Contemporary Societies" (CES-UC), com a tese "Periphery as a Symptom in Contemporary Portugal". 

Anita Lopes é animadora sociocultural na Ludoteca Móvel João de Deus, um projeto de intervenção comunitária no Casal da Boba, Casal da Mira e Horta Nova, que proporciona atividades de tempos livres a crianças/jovens em situações de absentismo ou abandono escolar ou em período não-escolar.

Ana Naomi de Sousa é jornalista e realizadora de documentários sobre políticas de espaço, arquitetura e história.

Julia Nogueira é realizadora, professora de escalada e faz parte do coletivo atômica que fez o documentário O Ínterim, uma colagem afetiva que apresenta uma cidade subjetiva.

A artista plástica e ilustradora portuguesa Maria Imaginário (n. 1985) ganhou destaque quando começou a pintar gelados coloridos e outras guloseimas em edifícios degradados à volta de Lisboa em 2005. Desde então, tem vindo a desenvolver um universo visual profundamente pessoal e requintado de natureza narrativa baseada numa linguagem original com um toque agridoce, derramando uma riqueza de personagens e histórias emotivas com uma cobertura doce enganosa de aparente ingenuidade, envolta em humor e ironia. Tendo trabalhado nos mais variados meios de comunicação, tem vindo a apresentar o seu trabalho em exposições individuais e coletivas desde 2008.

Obey SKTR (n. 1974) é um dos pioneiros do graffiti em Portugal e um dos mais respeitados e venerados writers da cena de Lisboa. Celebrado pela originalidade e vitalidade das formas e letras com que conquistou a cidade, é das figuras que mais contribuiu para a expansão da vertente mais extrema do graffiti, sendo uma referência incontornável para sucessivas gerações de writers. Amante de skate, começou a taggar no início da década de 1990 e fundou em 1992, com Wize, a lendária PRM crew, cujos membros seriam os primeiros a espalhar o graffiti em Portugal. Em 1996, após usar muitos outros nomes, começou a escrever Obey, inspirado no slogan presente no filme They Live, de John Carpenter. Dedicou anos de trabalho árduo a desenhar, a criar formas originais, a desbravar o caminho, a perder noites e dias nas ruas em missões para imprimir a cidade com o seu nome e o seu estilo. As suas letras refletem o tamanho, a forma e estrutura, a presença da sua pessoa. Refletem igualmente o seu background multicultural e a dimensão própria de Lisboa.

Ricardo Campos tem realizado pesquisa ao longo dos anos em vários centros de investigação em torno das temáticas das culturas juvenis urbanas, da arte urbana, dos media digitais, da antropologia visual e da cultura visual. É autor de várias obras como a recente Arte(s) Urbana(s) (com Sílvia Câmara, editora Húmus, 2020) ou do já clássico Porque pintamos a cidade? Uma abordagem etnográfica ao graffiti urbano (Fim de Século, 2010). É ainda co-organizador de livros como Exploring Ibero-American Youth Cultures in the 21st Century. Creativity, Resistance and Transgression in the City (com Jordi Nofre, Palgrave Macmilan, 2021) e Political Graffiti in Critical Times: The Aesthetics of Street Politics (com A. Pavoni e Y. Zaimakis, Berghahn Books, 2021). É investigador principal e membro da direção do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (CICS.Nova) e membro fundador e cocoordenador da Rede Luso-Brasileira de pesquisa em Artes e Intervenções Urbanas (RAIU).

Teresa Fradique é antropóloga, docente e investigadora na área da antropologia da arte e da performance. O trabalho que tem desenvolvido cruza os instrumentos da investigação etnográfica com a reflexão crítica e a produção de projetos artísticos na área das artes visuais, design, teatro e culturas urbanas. É atualmente investigadora integrada no CRIA - Centro em Rede de Investigação em Antropologia e professora adjunta na ESAD.CR – Politécnico de Leiria. Publicou Fixar o Movimento: Representações da Música Rap em Portugal (Portugal de Perto/Publicações D. Quixote, 2003), coeditou com Paulo Raposo, Vânia Cardoso e John Dawsey A Terra do Não-Lugar: Diálogos entre Antropologia e Performance (Florianópolis, UFSC, 2013) ou, mais recentemente, com Rodrigo Lacerda (orgs.) Modos de Fazer, Modos de Ser: Conexões Parciais entre Antropologia e Arte (Lisboa, Etnográfica Press, 2022). Participa como investigadora no acompanhamento de projetos artísticos no campo das artes performativas e visuais.

 

Outros Bairros

Produção: Filmes do Tejo
Produzido por Maria João Mayer e François d’Artemare
Realização: Kiluanje Liberdade, Inês Gonçalves, Vasco Pimentel
Duração: 52 minutos
 

Equipa:
Imagem: João Ribeiro, Kiluanje Liberdade
Som: Vasco Pimentel
Montagem: Pedro Ribeiro
Coordenação de produção: Fátima Correia
Assistente de Produção: Lurdes Tavares
Fotografia: Inês Gonçalves
Mistura: Vasco Pimentel e Tiago Matos
Montagem Avid e Estúdio de Misturas: P&B
Edição online: VideoCine
Material de som: Filme Base
Câmaras: DV Cam/Mini DVGenérico e Material gráfico: Atelier Ricardo Mealha

Participação Financeira: ICAM, Câmara Municipal do Seixal, Câmara Municipal da Amadora, Instituto da Cooperação Portuguesa

Apoio: Centro Português de Fotografia, Fundação Calouste Gulbenkian

Com: Kalu,Saba, Ná, Jancinto, Trick, Italiano, Pixas, Tassoti, Carlão, Jorginho, Carla, Nhenha, Chiquinho, Branco, Paulo Preto, Nelson, Louguison, Pinchas, Rui RR, Paulo Boca, Seagall, Betoviskfs, Praguinha, Marisa, Bunotte, Maria, Robocop, Odete, Carlon, Sampas, Chula, Kondepo, Neusa, Chinesa, Jorginho, Fobado, Lord G, Pixote, Donzala, Ribeiro, Tania, Navio, Jeremy, Azor, Adilson, Espada, Nativo, Asas, Pitata, Liberdade, Tagarela, Dida, Russo, Barroso, Six Bucks, Adelino, Joia, Kimbocas, Bela, Pudocas, Mãezinha, Tchikovsky, Patrícia, Vânia, Shaka, TWA, Manoazor, Nike, Secada, Rui, Isabel,  Livramento, Canha, Andreia, Edi.

 

Batida apresenta: O Princípio, o Meio, o Fim e o Infinito

Escrito e realizado por Pedro Coquenão
Música de IKOQWE
Com: André Cabral, André Santos, Cabuenha, Luaty Beirão, Luena Beirão, Pedro Coquenão, Piny Sani, Sílvia Costa
Direção de fotografia: André Costa
Sonoplastia: Pedro Coquenão
Locução por: Marrador
Filmado e editado por André Costa
Produção: Suzy Lorena, Inês Valdez
Comunicação: Cristina Carvalho
Luz: Paulo Sabino 

Pele
Realização: André Costa
Assistentes Produção: Bernardo Infante e Diogo Carvalho 

Kamicasio
Música e letra: Batida/Ikonoklasta
Direção de arte: Pedro Coquenão  

Garage Kids
Produção executiva: Miguel Varela
Realização: Ernesto Bacalhau
Produtora: Cláudia Costa
Chefe de produção: Luísa Sousa
Ass. imagem: João Bettencourt
Coordenadora pós-produção: Patrícia Tavares
Editor: André Adam 

Garage Friends
Dir. fotografia: Tomás Brice
Produção: Teresa Salomé
Produção: Nuno Gonçalves
Mock up: Lorenzo Degl'Innocenti
Chefe eletricista: João Aguiar (Musga)
Ass. electricista: Joaquim Pereira (Jacques)
Equipamento de luz e maquinaria: Contra Campo
Pós-produtora de imagem: Íngreme 

Vaivai por IKOQWE
Música e letra: Batida/Ikonoklasta
Direção de arte: Pedro Coquenão  

Los Manolos
Realização: Manuel Lino/Pedro Coquenão
Produção: João Silva
Câmera: Luís Silva
Edição: Manuel Lino
Computação gráfica: Filipa Lopes
Colorista: Mário Guilherme 

Faltam Soluções Que Garantam Igualdade
Dedicado a João Ribas
Arquivo de FMM Sines
Registado em 2019
Som: Sérgio Milhano
Parceiros: Casa Independente, EGEAC, Museu de Lisboa, Junta de Freguesia de Arroios, FMM, O Gambuzino
Agradecimentos: Inês Valdez, Joana Cardoso, Joana Faria, Joana Sousa Monteiro, Margarida Martins, Carlos Seixas e Marta Campos.

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