48 artistas, 48 anos de liberdade
48 artistas, 48 anos de liberdade é o nome da peça que será simbolicamente criada no dia 10 de junho de 2022 nos Jardins do maat, uma intervenção mural coletiva que reinterpreta o Painel do Mercado do Povo realizado pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos a 10 de junho de 1974, em Belém.
A criação desta peça vai acontecer ao longo do dia 10 de junho, entre as 10 e as 22h, no espaço exterior que envolve o Depósito de Nafta, e o público é convidado a assistir à intervenção. Esta iniciativa, que conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República, insere-se na programação das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e na programação das Festas de Lisboa.
Nos Jardins, o artista Xana contribui para a celebração com uma escultura inédita intitulada LIBER/ estruturas para construir.
Também no espaço exterior haverá uma série de bancas de street food provenientes de várias comunidades da cidade de Lisboa e uma programação musical pensada pelo Festival Iminente, que junta diversas expressões de cultura urbana com atuações de breaking e breaking battles, e concertos de Juana na rap e PRÉTU Xullaji.
Programação
10/06/2022
Pintura do mural pelos 48 artistas
10.00-22.00
Programa Festival Iminente
16.00 Breaking battle
16.30 Juana na rap
18.00 PRÉTU Xullaji
19.30 Breaking battle
Street food
10.00-20.00
Breaking battles
Coletivo de breakers de várias nacionalidades e crews que se juntam para fortalecer o breaking em Lisboa. Em grupo ou individualmente, participam e promovem com regularidade projetos sociais e eventos para a comunidade. São igualmente presença assídua em battles nacionais e internacionais, assim como em festivais. A maioria dos membros tem um papel ativo na formação de jovens e participação em campanhas publicitárias e conta também com um percurso performativo, integrando companhias, escolas de dança e associações culturais.
Juana na rap é uma rapper da margem sul que representa o Monte da Caparica. Começou a fazer os primeiros freestyles e a escrever letras ainda na escola. Em 2013, lançou o primeiro album, Juana na Rap, e o Segundo, Tcheu Barreras, em 2016, ambos gravados com Primero G, e tem vindo lançar temas soltos, como Atividadi, em 2021. As suas músicas relatam a realidade e a vivência do bairro.
PRÉTU Xullaji (antes Chullage) é um rapper conhecido pelo seu lirismo e intervenção política. Nas letras expressa o seu pensamento sobre descolonização, pan-africanismo, afro-futurismo, amor, entre outros temas.
Visitas guiadas
11.00-12.00
Visita orientada à exposição “Traverser la nuit”
12.00-13.30
Visita orientada à obra “48 artistas, 48 anos de liberdade e à exposição “Interferências - Culturas Urbanas Emergentes”
Com Jorge Catarino
12.30-13.30
Visita orientada à exposição “Naturezas Visuais”
15.00-16.30
Visita orientada à obra “48 artistas, 48 anos de liberdade” e à exposição “Interferências - Culturas Urbanas Emergentes”
Com Jorge Catarino
16.00-17.30
Visita orientada às exposições “Prisma. Vhils” e “Interferências - Culturas Urbanas Emergentes”
17.30-19h00
Visita orientada à obra “48 artistas, 48 anos de liberdade” e à exposição “Interferências - Culturas Urbanas Emergentes”
Com Jorge Catarino
18.00-19.00
Visita Percurso Monumental
Público: para todas as idades
Duração: 60-90 minutos
Lotação: máx. 20 pessoas
Preço: gratuito
Inscrições no Info Point, edifício Central Tejo
48 artistas, 48 anos de liberdade
A reinterpretação deste mural, com 24 metros de comprimento e 3 metros de altura, conta com a participação de 48 artistas: alguns destes estiveram envolvidos na criação do painel original e os restantes são artistas que se destacaram na cena artística ao longo dos últimos 48 anos de democracia em Portugal, que este ano se completam, sendo que alguns deste grupo integram a exposição Interferências: Culturas Urbanas Emergentes, patente no maat. Dos artistas que participaram no painel original de 1974, incluem-se Teresa Dias Coelho, Teresa Magalhães, Guilherme Parente, Emília Nadal, Eurico Gonçalves, Sérgio Pombo, José Aurélio e David Evans.
O ponto de partida desta iniciativa foi a exposição Interferências, com curadoria de Alexandre Farto, António Brito Guterres e Carla Cardoso, em exibição no edifício do maat até 5 de setembro. Esta exposição afirma as diferentes expressões da cultura urbana, explorando itinerários narrativos da cidade através de um diálogo que privilegia o museu enquanto espaço crítico, lugar de encontro entre várias comunidades e sensibilidades – as instaladas que o frequentam e as subalternizadas que o desconhecem. Interferências coloca em diálogo obras de artistas contemporâneos que usam as ruas como contexto de expressão e experimentação e obras de coleções institucionais e privadas, dando relevo a narrativas alternativas que visam interpelar o público, convidando-o a refletir sobre que cidade, espaços urbanos e instituições artísticas e culturais podem ser construídos juntando novas vozes a esse processo.
48 artistas, 48 anos de democracia é também reflexo desta vontade de juntar artistas de várias disciplinas, origens e gerações para que desses momentos coletivos e de partilha nasça uma nova cidade, mais inclusiva e democrática.
Artistas:
±MaisMenos±, Alice Geirinhas, Ana Aragão, Ana Pérez-Quiroga, Ana Vidigal , Ângela Ferreira, António Alves, Blac Dwelle, Border Lovers (Pedro Amaral), Carlos No, Carlos Stock, David Evans, Diogo Carvalho, Emília Nadal, Eurico Gonçalves, Fernanda Fragateiro, Fidel Évora, Filipa Bossuet, Francisco Vidal, Gabriel Abrantes, Guilherme Parente, Joana Vasconcelos, José Aurélio, Lima Carvalho, Manicómio, Manuel Botelho Manuel João Vieira, Maria Imaginário, Mariana Duarte Santos, Mariana Gomes, Moami31, Noah Zagalo, Obey SKTR, Onun Trigueiros, Pedro Cabrita Reis, Pedro Portugal, Petra Preta, Rappepa, Sara & André, Sepher Awk, Sérgio Pombo, Susana Gaudêncio, Tamara Alves, Teresa Dias Coelho, Teresa Magalhães, Vhils, Xana.
Parcerias institucionais: