O Barco Vai de Saída (The Boat is Setting Sail) is the title of the concert-procession marking the closing of the exhibition Nosso Barco Tambor Terra, which is also part of the programme celebrating MAAT's anniversary. Similar to the opening concert of the exhibition, this festive procession brings together a group of musicians from various percussion collectives, with artistically established professional careers and significant involvement in the sociocultural integration of local communities. Moving from the inside out, O Barco Vai de Saída begins within Ernesto Neto's installation, activating the artwork through singing and the instruments that are part of it. The musical procession then moves down the museum’s ramp to the outside, in a continuous musical celebration, like a symbiotic "living body" of sounds, rhythms, beats, and geographies. The exchange and intertwining of knowledge are central to Ernesto Neto's artistic practice and worldview. As the exhibition’s curator, Jacopo Crivelli Visconti, writes, "symbolically, the encounters of sounds, rhythms, and beats from different parts of the world (...) can be seen as a counterpoint to the multitude of languages spoken across the world, alluding to the possibility, in specific moments and contexts, of languages that allow for communication beyond the verbal, enabling authentic and profound encounters." O Barco Vai de Saída is thus presented as a symbolic moment of farewell and celebration of the exhibition, which will depart from MAAT for other destinations, carrying its own life brought to it by the artist and its many participants.
Artistic direction by Tânia Lopes and special participation by the artist Ernesto Neto
Musical ensemble: BANGBANG PERCUSSÕES, Bloco Bué Tolo, Adufe & Alguidar, Baque Mulher Lisboa (BML), Coletivo Gira
- Date: 05/10/2024
- Time: 17.00–19.00
- Venue: Oval Gallery of MAAT Gallery and Praça do Carvão
Tânia Lopes | Perc. Portugal: Nascida em Lisboa, em 1982, iniciou a sua experiência musical aos 14 anos na área da Percussão Tradicional Portuguesa, na Orquestra Toca Rufar. Em 1999, iniciou sua formação como instrumentista, tendo como professores Gueladjo Sané, Roderick Jackson, Conny Kadia, Éden Moreira, André Gonzalo e Osvaldo Pegudo. A sua formação académica musical passou também pela Academia de Amadores de Música, terminando na Escola Villas Boas – Hot Club de Portugal, onde concluiu o 4º ano do Curso Integral de Percussão Afro-Cubana e o 2º ano em Jazz Bateria. Em 1998, em paralelo, começou também a trabalhar na área do ensino musical como professora de percussão tradicional portuguesa em orquestra e acompanhamento de gaitas de foles. Tem desenvolvido a sua experiência profissional em diferentes formações, tais como: Gaitafolia (2002), Dazkarieh (2002), Tucanas (2006), Transatlantistas com Afonso Pais (2009), Luiz e a Lata (2009), Farra Fanfarra (2009), e ainda acompanhando bandas nos programas “Voz de Portugal” da RTP1 e “Sábado à Luta” da SIC.
ADUFE & ALGUIDAR são nove vozes dão corpo a um projecto de canto e percussão que atravessa simbologias e tradições com ritmos de adufe e outros instrumentos, onde experimentar é sempre um convite. Temos no adufe o nosso meio de viagem, qual roda quadrada, que ajudado por outros companheiros sonoros nos leva até onde quisermos ir. Temos no alguidar — peça que serve habitualmente para lavar ou amassar — a metáfora da reactivação, reinvenção e mistura de sonoridades. Participantes: Ana Taipas, Diana Henriques, Isabel Bernardo, Joana Guilherme, Margarida Agostinho, Raquel Esteves, Rita Santos, Silvana Dias.
O Baque Mulher Lisboa (BML), nascido em 2019, é um coletivo autónomo, plural e diverso, um movimento em construção a partir do contexto da imigração que preza pelo respeito e democracia interna, troca/ aprendizado mútuo e horizontal. Somos meninas, mães e filhas, imigrantes, estudantes, trabalhadoras e mulheres em construção, somos batuqueiras. Juntas, tocamos o Maracatu de Baque Virado e através do nosso canto, da nossa dança e do batucar, damos voz às pautas em favor do feminino, da nossa autonomia e liberdade de ser e de existir, contra o patriarca e toda forma de opressão, racismo e violência contra todas as mulheres. Participantes: Heloise Medeiros, Bruna Oliveira, Palloma Silva, Alba Nogueiras, Elisa Cazalini, Cynthia Bravo, Beatriz Duarte, Bianca Mattos, Patricia Belotte, Tenilly Guian
O grupo Coletivo Gira é formado por mulheres multi-instrumentistas de diferentes lugares do Brasil e do mundo que trazem as suas singularidades e influências, resultando em uma apresentação singular cheia de força, mas ao mesmo tempo leveza, sem deixar de lado o ativismo e a resistência das mulheres que ainda lutam por mais representatividade dentro do samba.
O Bloco Bué Tolo é um bloco de carnaval criado em fevereiro de 2018 por brasileiros que residem em Lisboa com o intuito de trazer o contagiante carnaval de rua carioca para a cidade de Lisboa, com muita alegria, diversão e boa música. Desse sentimento, surgiu um grupo formado por músicos, entusiastas e foliões saudosos que começou com ensaios regulares para tornar tudo isto uma realidade. Desde então, o bloco cresceu, tornou-se numa banda que se apresenta dirante todo o ano em diversos eventos e
festivais de música. O repertório do bloco vai desde samba, ao funk, do axé ao maculelê, passando pelo pop, rock e canções internacionais. Participantes: Leonardo Mesquita, Alexandre Pinheiro, Flávia Tourinho, Helena Beghetto , Luísa Pinto , Rafael Tavares , Antoine Demarche , Leticia Florencio e Eduarda Meirelles.
BANGBANG PERCUSSÕES é um projecto pessoal do percussionista André Dez, e visa a divulgação das percussões e culturas tradicionais da costa ocidental e austral africanas, através de formações e apresentações artísticas. Anualmente como percussionista participa em diferentes projectos nacionais e internacionais e organiza os encontros Kolafölo em Lisboa e o festival internacional Aldeia Djembe Camp em Proença a Nova, ambos projetos de cariz formativo e performativo. Participantes: Asaf Berute, Stefania Romeo, Léo Oliveira, Henrique Ubach, Daniel Moreira, Nuno Sequeira, Rita Basso e André Soares