X NÃO É UM PAÍS PEQUENO — Desvendar a Era Pós-Global, vista da exposição, maat – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (Lisboa), 2021. Fotografia de Bruno Lopes.

Na exposição X não É Um País Pequeno — Desvendar a Era Pós-Global, nove profissionais da arte, do design e da arquitetura guiam-nos por entre o complexo e por vezes desconcertante estado do mundo global. Através de múltiplas perspetivas geográficas e pontos de vista disciplinares, esta exposição reúne novos projetos e recriações de instalações icónicas que inundam o museu de questões em aberto, propostas e provocações. O que é, exatamente, a era “pós-global”? Venha assistir e participe na discussão.

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Narrativa:
Os curadores Aric Chen e Martina Muzi falam-nos do que originou esta exposição, concebida ainda antes do início da pandemia, e das descobertas que esta nos revela. Registo filmado em Xangai e Lisboa.

Experiência:
O design da exposição, da autoria do atelier BUREAU, une as nove instalações a um sistema tortuoso e distorcido de orientações perdidas e redes em colapso. A superfície expositiva cobre-se de sinalizações e dispositivos de navegação que por vezes são destacados para criar suportes de texto e informação.

“Quando os jogos de poder entre Norte e Sul ou Ocidente e Oriente se esbatem, consequência óbvia do atual estado de turbulência geopolítica no mundo, que sistema de rede será capaz de ordenar ou reordenar fielmente a geolocalização da nossa presença física e virtual? Será o sistema de coordenadas cartesiano politicamente aceitável? Tê-lo-á sido alguma vez? Indiretamente, a natureza infinita das redes também abre portas à discussão sobre os limites, as fronteiras e a agenda dos sistemas de dominação emergentes.” — BUREAU

Plano para X NÃO É UM PAÍS PEQUENO — Desvendar a Era Pós-Global no maat – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (Lisboa), 2021. © BUREAU.

Linguagem Visual:
A identidade gráfica criada por Joana Pestana e Max Ryan reflete os desafios inerentes à articulação das complexidades da ordem global. 

Os sistemas de design apresentam o mundo através de uma aproximação aos “dados”, coordenando uma seleção de séries de dados e o movimento dos satélites que orbitam a Terra. Utilizando diferentes fontes com referência ao ano anterior à abertura da exposição, os curadores procuraram ilustrar diferentes fenómenos que ocorrem hoje à escala planetária: a movimentação de pessoas, os mundos virtuais, a intimidade virtual, a extração mineira, a circulação de capitais. Venha ouvir os designers sobre os lugares aonde esta viagem os levou.