Vasco Barata tem explorado os interstícios da imagem e o espaço entre o visível e o invisível, entre materialidade e imaterialidade. Para este projeto, Vasco Barata (n. 1974) transformou o espaço expositivo numa instalação em que os visitantes são imersos num ambiente urbano semiabandonado. O espaço estava fisicamente “ocupado” e ao mesmo tempo mostrava as repercussões de uma cheia e respetivos despojos.
Dreamers Never Learn (Tidal) pretende refletir sobre o espaço temporariamente livre que é libertado entre o fluxo das marés da economia. Durante a crise financeira, a sociedade foi mergulhada num estado de sobrevivência a todos os níveis. O investimento estrangeiro aproveitou o momento para a especulação imobiliária, inundando o mercado. O ciclo constante de marés revela um espaço livre, criando novas fronteiras transitórias que oferecem oportunidades à vaga humana de imigrantes que procuram um recomeço, mas também a investidores capitalistas que procuram novos negócios.