Dizem que o jogo salvou povos inteiros, que, para não sucumbir à fome, optaram por jogar horas a fio. Enquanto os lídios, habitantes da distante Anatólia, inventaram os jogos como um modo de sobreviver, o jogo tem sido desde o início uma invenção ligada a uma necessidade vital – permanecer vivo e suportar a escuridão, a imobilidade e a extinção.
Desde muito cedo, os artistas compreenderam o poder de transformação do jogo, integrando-o nas suas obras com propósitos distintos – evasão à realidade, construção e transformação social, subversão ou crítica dos próprios mecanismos de brincadeira e jogo.
Playmode propôs no MAAT uma reflexão sobre estes aspetos e sobre o período de ludificação que as sociedades contemporâneas atravessam, reunindo o trabalho de vários artistas, como por exemplo Brad Downey, Gabriel Orozco e Ana Vieira, que adotam o tema explorando novos modos de ver, de participar e de transformar o mundo, usando o jogo de forma crítica.
Artistas
The Pixel Hunt, Pippin Barr, Aram Bartholl, /////////fur//// art entertainment interface, Gabriel Orozco, Priscila Fernandes, !Mediengruppe Bitnik, Mary Flanagan, Harun Farocki, Molleindustria, Bill Viola and USC Game Innovation Lab, Samuel Bianchini, Eva e Franco Mattes, Lucas Pope, Joseph DeLappe, Brent Watanabe, Filipe Vilas-Boas, Shimabuku, Auriea Harvey & Michaël Samyn, Tale of Tales, David Shrigley, André Gonçalves, Isamu Noguchi, Ana Vieira, Miltos Manetas, David OReilly, Brad Downey, Dunne & Raby with Michael Anastassiades, Os Espacialistas, CADA