Fazendo um paralelismo com as viagens narradas por Júlio Verne, a exposição Archipelago Hervé Di Rosa é um convite para explorar e descobrir novos mundos; uma viagem conduzida por Hervé Di Rosa e o seu museu, o MIAM – Musée International des Arts Modestes, localizado em Sète (França), ao longo de mais de quarenta anos.
Através de uma vasta seleção de obras da coleção do MIAM, Hervé Di Rosa convida-nos a descobrir formas de criação que foram postas à margem da arte reconhecida pelos museus, pela crítica e pela história. Na Galeria Oval, o artista desenha um novo mapa dos limites da arte: a banda desenhada, a arte tradicional, a arte ingénua, a arte bruta, o psicadelismo, o cinema, a arte comercial, entre outras.
No solo poderá ser visto o mar alto e ilhas inseridos num mapa-mundo artístico. Será suspensa uma infinidade de elementos por entre os quais os visitantes poderão distinguir alguns dos protagonistas das histórias pintadas pelo artista. Um conjunto de pirâmides, realizadas para a exposição, e uma caravana mostram um vasto panorama das coleções do MIAM – Musée International des Arts Modestes (Museu Internacional de Artes Modestas), fundado por Hervé Di Rosa e Bernard Belluc e aberto em 2000 numa parceria com a cidade de Sète. Na entrada, Tous en bateaux (1988), um trabalho de grande dimensão do próprio Di Rosa, acolherá o público.
Hervé Di Rosa (Sète, 1959) foi aluno da Escola Nacional de Artes Decorativas e iniciou a sua carreia como pintor em 1979. Com apenas 20 anos, expôs em Paris, Amesterdão e Nova Iorque. Cofunda, em 1981, a Figuration Libre, a que Robert Combas, François Boisrond e Rémi Blanchard aderem. Funda também, com Bernard Belluc, em 2000, o MIAM – Musée international des arts modestes (Museu Internacional de Artes Modestas). Localizado numa antiga adega à beira de um canal em Sète, o museu apresentou mais de cinquenta exposições, explorando as periferias da arte e mapeando os seus modestos territórios. Nem conceito nem movimento, a arte modesta é uma forma de renovar a definição de arte e alargar o seu campo a formas e práticas marginais, pouco ou ainda não consideradas. Di Rosa é autor de inúmeros livros de arte e outras publicações e, desde 1981, o seu trabalho figurou em mais de 200 exposições individuais, estando representado em inúmeras coleções públicas e privadas internacionais.
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