André Príncipe apresentou no MAAT Elefante, a sua primeira exposição individual em contexto institucional, na cidade de Lisboa. O artista prosseguiu a sua investigação em torno das possibilidades do meio fotográfico enquanto mecanismo de perceção, apreensão e construção do real, reunindo um conjunto de obras fotográficas inéditas e uma instalação vídeo especificamente concebida para o contexto da exposição.
Trabalhando a partir do seu arquivo fotográfico, André Príncipe (n. 1976) seleciona e edita as imagens procurando estabelecer ligações e relações dialéticas, mais ou menos harmoniosas, na direção da procura de um sentido que raramente é narrativo.
Num processo que assume uma aproximação à linguagem do cinema, o artista evoca a condição documental da fotografia, sem esquecer simultaneamente a sua inevitável condição ficcional. Reitera um interesse pela tradição das disciplinas artísticas, nomeadamente pela pintura enquanto modelo de representação, e reafirma a sua atenção às temáticas da vida e da morte, do espaço e do tempo, da permanência e da efemeridade, da poesia e da política, da ascensão e da queda.