Enquadrando-se no campo expandido da escultura – ou, mais concretamente, da produção de objetos – a prática de Ana Santos (n. 1982) assenta na procura de um muito particular estado de atenção. Promovendo o recurso à sensibilidade e à intuição como instâncias que permitem sublinhar a unicidade do ato criativo, as suas peças resultam de um processo de reflexão sobre as características formais, funcionais, morfológicas ou cromáticas de determinados materiais ou objetos encontrados e das relações que entre eles possa querer testar ou estabelecer. Interessa-lhe uma prática, muitas vezes reduzida à mínima ação possível, na qual os valores tradicionais da escultura – enquanto disciplina – são frequentemente questionados por meio da afirmação de uma ideia de precaridade, de estranheza, de não-pertença, de leveza ou de fragilidade.
Para a exposição Anátema, Ana Santos reuniu no MAAT um conjunto de obras inéditas, com produção recente.
Em 2013, Ana Santos foi distinguida com o Prémio Novos Artistas Fundação EDP.