Skip to main content
Category
Eventos
Vídeos de Priscila Fernandes
Image
Priscila Fernandes
Image
Priscila Fernandes
Image Credit
© Priscila Fernandes. Foto: Bruno Lopes
Terminou
20/01/2024 - 04/03/2024
Text

O direito à preguiça


Priscila Fernandes (n. 1981) tem-se concentrado na investigação, exploração e articulação de uma multiplicidade de dados relacionados com as práticas que nos definem, para além de sapiens (sapiente) e faber (fabricante), como homo ludens (lúdico): o que joga, o que brinca, o que busca nisso prazer.


A artista procura nos mecanismos de pensamento das crianças – através da associação livre, da indistinção entre humano e animal, animal e vegetal, animado e inanimado, por exemplo –  as soluções para a construção das suas fábulas críticas.


Século e meio depois de Paul Lafargue, publicar “O Direito à Preguiça” no jornal socialista francês L’Égalité, as sociedades liberais falam da “semana dos quatro dias”, mas os ócios são afinal negócios (novas formas de trabalho que encontram expressão no irónico oxímoro “ocupação dos tempos livres”), pressupõem desemprego em massa ou são suportados pela sobrecarga de trabalho da restante Humanidade.


Os dois vídeos que aqui se apresentam são longas narrações derivativas, supostos episódios de uma série televisiva para os quais, entre rodas gigantes e aviões, montanhas-russas e baloiços, numa permanente desconstrução da seriedade que colocamos no trabalho, na arte e nas frases que usamos para gerir e mesmo pensar criticamente tudo isso, a artista convoca personagens como Cesariny, Duchamp, Mondrian, Buren…


Apresentadas em simultâneo com a exposição O Castelo Surrealista de Mário Cesariny, estas duas fábulas/rábulas artístico-críticas abrem as portas do sonho e da livre associação que o surrealismo prezava enquanto portas para a Liberdade.

 

João Pinharanda
Curador

 

Indicates required field
Escolha o seu idioma
This question is for testing whether or not you are a human visitor and to prevent automated spam submissions.
Declaro que tomei conhecimento da política de privacidade e concordo que os meus dados pessoais sejam recolhidos pela Fundação EDP e tratados para cada uma das finalidades que assinalei.