PILAR ALBARRACÍN

Workshop apresentado em parceria com a BoCA – Bienal of Contemporary Arts 

O desejo de expandir o campo da arte e de apagar as fronteiras entre as disciplinas é um dos interesses fundamentais na obra de Pilar Albarracín. Através de acontecimentos, ações, performances e encenações fotográficas, a artista tem contribuído para aproximar as artes visuais do teatro, incentivando a transformação de experiências e objetos quotidianos em matéria artística. A paródia e a teatralização têm funcionado como um exercício de questionamento das tradições artísticas, religiosas ou identitárias. 
Neste workshop, Pilar Albarracín utilizará uma seleção das suas próprias obras como ponto de partida para uma análise da natureza visceral da sua própria cultura, da antropologia ligada ao folclore andaluz e do papel da mulher nestes contextos e noutros. 
Este workshop tratará transversalmente temas como os diferentes processos de criação, conceito, produção e mercado. As novas aplicações da arte como veículo para o bem-estar. Refletindo sobre obras que nascem de uma perspetiva que não é puramente intelectual ou filosófica, mas mais ligada a aspetos emocionais.

Dia 1
Apresentação a partir de uma seleção de obras, partilha das expectativas do workshop e da experiência. Análise das narrativas dominantes: 
- os papéis das mulheres na distribuição do poder.
- clichés representando a identidade andaluza/portuguesa.
- a neutralização dos clichés.
O corpo.
Ritual e transe. 
A carroçaria como veículo de transmissão: entre controlar e deixar-se ir. 
Definir o ritmo. Como estruturar um desempenho?

Dia 2
Tradições populares, folclore, rituais alimentares, religião e mitos. Uma abordagem do particular ao universal baseada na antropologia da vida quotidiana. 
Como materializar as ideias? Conceito. Produção. Mercado. 
Conclusões finais. 

Pilar Albarracín (Espanha, 1968), licenciada em Belas Artes pela Universidade de Sevilha, vive e trabalha entre Sevilha e Madrid. É uma das artistas mais significativas na cena contemporânea espanhola. As suas produções centraram-se na análise das narrativas dominantes e especificamente nos clichés que representam a identidade andaluza, através de uma imersão emocional e subversiva na antropologia do quotidiano. Tradições populares, folclore, rituais alimentares, religião, mitos e os papéis das mulheres na distribuição do poder são alguns dos temas recorrentes na sua obra. Albarracín expôs o seu trabalho internacionalmente, em numerosos museus, centros de arte e fundações, como por exemplo o MoMA PS1, Sanat Moderno de Istambul Müzesi, Reales Atarazanas de Sevilla, Herzliya Museum of Contemporary Art, Brooklyn Museum, Nykytaiteen Museo Kiasma, ZKM Museum für Neue Kunst, Museum of Contemporary Art Tokyo, The Pushkin State Museum of Fine Art, Moscovo, Musée Nacional Picasso-Paris, La Maison Rouge, Fondation Louis Vuitton, Promoción del Arte, MAIIAM ou Museu de Arte Contemporânea. Participou em variados eventos internacionais tais como a 51.ª Bienal de Veneza, I Bienal de Arte Contemporânea de Moscovo, Bienal de Busan 2014, Manifesto de Arte – La bienalle de Québec.

Mais informações: www.pilaralbarracin.com