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MEDITAÇÕES A 7,8 HZ: MICHAEL MARDER + MAXWELL STERLING
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Terminou
05/02/2022 - 05/02/2022
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Meditação #1 
Michael Marder + Maxwell Sterling 

Nesta iteração de Meditações a 7,8 Hz, convidamos os participantes a aceitarem os seus corpos e as forças gravitacionais que governam a corporalidade. Assentar-se no próprio corpo proporcionará uma base para a experiência de si próprio como uma massa viva, do peso que é, e não do peso que tem. É nesta base invulgar, mas também muito mundana, que vamos cultivar um sentido de solidariedade com outros seres, animados ou inanimados, com quem partilhamos as qualidades de ter peso e extensão dentro do campo gravitacional do nosso planeta. E, como os nossos corpos não estão separados das nossas mentes, vamos experimentar a transformação do nosso pensamento num artefacto vivo pesado - de facto, muito pesado - uma parte da biomassa que somos.

"Experiencia cada parte superior do teu corpo unir-se num só volume. Não tens nem pescoço, nem ombros, nem braços. Existe apenas uma massa viva. Tu não tens peso; tu és o teu peso. Torna-te massa." — Michael Marder

A música explora de que forma a frequência pode ser utilizada para afetar, alterar e modular. Embora a frequência 7,8 Hz não possa ser ouvida pelo ouvido humano, pode ser sentida e pode ser usada como fonte de movimento energético. A composição de Maxwell Sterling utiliza instrumentação acústica e elétrica que é processada e modulada por 7,8 Hz e múltiplos desta frequência em gamas mais elevadas, de modo a criar alterações no timbre, ritmo e densidade. Todas estas técnicas são utilizadas como uma exploração de como a massa e a densidade podem ser sonificadas. Ao longo do trabalho, ouvir-se-á diferentes gamas de frequência e alterações de timbre que representam isso. — Maxwell Sterling

Meditações a 7,8 Hz
Curadoria de Mariana Pestana

Três meditações guiadas, que incluem uma leitura e um concerto ao vivo criados por pensadores e compositores contemporâneos, utilizam metodologias diferentes — reorientação e posicionamento do corpo, da razão e da imaginação — com vista a conduzir a uma consciência de interdependência ecológica. Criado na sequência da crise afetiva motivada pelo isolamento social durante a pandemia global de 2020–21, este programa público funciona como uma expedição filosófica no rescaldo dos crescentes sintomas sociais de desorientação, ansiedade e dúvida decorrentes da crise ecológica global, explorando modos de pensar, questionar e imaginar esta e outras realidades possíveis.

A divisão luminosa entre dia e noite, provocada pelos movimentos de rotação e translação da terra, é talvez a experiência mais literalmente cósmica a que temos acesso no quotidiano. Criado como complemento à exposição DIA, de Carsten Höller (maat, 05/10/2021–28/02/2022), o programa Meditações a 7,8 Hz parte da frequência 7,8 Hz, unidade de medida que também converge fenómenos celestes e terrestres. 7,8 Hz é a ressonância eletromagnética da terra, produzida por descargas de energia como raios e trovões que ocorrem entre a superfície da terra e a ionosfera. 7,8 Hz é também, curiosamente, a frequência do cérebro humano em estado de relaxamento quase meditativo, entre a consciência e a inconsciência, e pode ser induzida por exposição a sequências de luz (como no trabalho de Carsten Höller). Partindo desta frequência, o programa oferece ao público uma série de composições textuais e sonoras terapêuticas para refletir sobre coexistência terrestre e explorar outras formas de ver e pensar o presente extremo em que vivemos.

As três meditações serão editadas num LP coproduzido pelo maat e pela editora discográfica Holuzam em maio de 2022 para que as pessoas possam ouvi-las em casa.

Datas:
Meditação #1
Michael Marder + Maxwell Sterling
05/02/2022
19.00-20.00

Meditação #2
Federico Campagna + Joana Gama e Luís Fernandes
12/02/2022
19.00-20.00
Saber mais

Meditação #3
Sofia Lemos + Ece Canli 
19/02/2022
19.00–20.00
Saber mais

Mariana Pestana vive e trabalha em Lisboa. É arquiteta, curadora e investigadora no campo do design e arquitetura contemporâneos. Cria programas culturais como exposições, eventos, instalações e publicações. É cofundadora e diretora dos The Decorators, um estúdio interdisciplinar que cria projetos colaborativos — desde peças de imobiliário a edifícios — que têm como propósito expandir noções de lugar, comunidade e comensalidade (o ato de comer com outros). Foi curadora de várias exposições e programas culturais, entre eles a 5.ª Bienal de Design de Istanbul, intitulada Empathy Revisited: designs for more than one (2020-21), e as exposições Eco-Visionários (maat, Lisboa, Matadero, Madrid, e Royal Academy, Londres) e The Future Starts Here (Victoria and Albert Museum, 2018). Trabalhou como curadora no Departamento de Arquitetura, Design e Digital no Victoria and Albert Museum (2015–19) e lecionou na Central Saint Martins (2011–14) e na Chelsea College of Arts (2012–16), entre outras universidades. É atualmente Professora Auxiliar Convidada no Instituto Superior Técnico em Lisboa.

Michael Marder é professor de Investigação da IKERBASQUE – Fundação Basca para a Ciência no Departamento de Filosofia da Universidade do País Basco (UPV – EHU), em Vitoria-Gasteiz. A sua obra escrita abrange os domínios da teoria ecológica, fenomenologia e pensamento político. É o autor de numerosos artigos científicos e 18 monografias, incluindo Plant-Thinking (2013); Phenomena-Critique-Logos (2014); The Philosopher’s Plant (2014); Dust (2016), Energy Dreams (2017), Heidegger (2018), Political Categories (2019), Pyropolitics (2015, 2020); Dump Philosophy (2020); Hegel's Energy (2021); e Green Mass (2021), entre outros.

Maxwell Sterling é compositor, produtor, músico e artista. Natural de Manchester, estudou formalmente composição de jazz e contrabaixo no Leeds College of Music e composição de bandas sonoras cinematográficas na UCLA Extension. O seu disco de estreia, Hollywood Medieval (Death of Rave, 2016), foi um sucesso de culto, um trabalho que expôs o seu fascínio pelas falhas entre as tradições da música acústica e sintetizada. Laced With Rumor: Loud-Speaker of Truth (Ecstatic Recordings, 2020), originalmente encomendada pela Nottingham Contemporary, foi uma obra inspirada nos trabalhos artísticos de Moki Cherry. O seu mais recente trabalho, Turn of Phrase (AD93, 2021), é um repertório clivado pelo tempo, inspirando-se tanto nos cânticos gregorianos como no processamento e síntese digitais hipermodernos. O estilo musical de Sterling estende-se também ao jazz improvisado e à música de orquestra.
 

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