Em Shining Indifference, Luísa Jacinto (n. 1984) desafia o público a entrar num jogo de observação, pressentimento e atenção a novos limites da visão. Entre o visível e o invisível, a vontade de nomear o que vê e o desconhecimento dos elementos ali presentes, o público é convidado a explorar este novo universo, especialmente concebido pela artista para o espaço Cinzeiro 8.
Jacinto usa diferentes materiais – membrana de borracha, linha, tecido, metal, spray, aguarela, pigmentos soltos – e suportes, que estabelecem uma fronteira cada vez mais fluída entre pintura, escultura e instalação.
«Há no conjunto de todas estas obras uma vontade de afirmar a independência dos elementos da pintura em relação aos nossos sentimentos e subjetividades – de tal modo que a artista atribui à exposição que as reúne o título de Shining Indifference. Mas o forte apelo à participação dos visitantes, a estranheza que os seus elementos nos provocam, o facto de a membrana de borracha sintética e o poliéster têxtil nos desafiarem a ver através das suas superfícies, mas depois nos negarem ou dificultarem essa visão, ou o ainda o facto de definirem linhas de horizonte paisagístico que subtilmente são rompidas, tudo isso nos oferece, afinal, uma cena aberta ao olhar deambulante de cada um.» – Escreve o curador João Pinharanda no texto da folha de sala que acompanha a exposição.
O Cinzeiro 8 é um espaço de programação localizado no edifício MAAT Central. Desde 2021, a sua programação definiu-o como um local de experimentação dedicado à apresentação de projetos especificamente concebidos para o local pelos artistas e curadores convidados.
Visitas orientadas
Todos os dias, com exceção das terças-feiras: 12.00.
[Visitas gratuitas mediante apresentação de bilhete de entrada no museu.]
Mecenas da exposição:
Fotografia: Bruno Lopes
Fotografia: Bruno Lopes
Fotografia: Bruno Lopes
Fotografia: Bruno Lopes
Fotografia: Bruno Lopes
Fotografia: Bruno Lopes