Coletivo de Jovens 2023–24
Ecologia do Sentir
Na segunda edição do Coletivo de Jovens, programa continuado participativo do MAAT, convidamos-te a debater connosco a ecologia do sentir. A partir de noções de território geográfico, cultural e afetivo, construiremos um grupo de trabalho prático, em diálogo estreito com os participantes, os artistas, o museu e a cidade. A partir de diferentes linguagens e materiais produziremos criativamente mapas coletivos de diálogos. Que corpos e identidades dão forma ao território? Quais os lugares do sentir ou que sensibilidades nos trazem os lugares? Estas perguntas base servirão para uma reflexão conjunta sobre arte, política social e ações ativistas em cada um destes territórios. Contigo faremos o museu sair fora de portas. Este programa é construído também pelas tuas escolhas e pela tua voz.
Estas sessões são programadas a partir da experiência do programa Coletivo de Jovens MAAT, implementado no museu em 2021–2022 em parceria com o Centro de Investigação ICS-ULisboa , a partir da investigação Youth in Museums – Educational provision and professional training for youth in contemporary art museums [Os jovens nos museus – oferta educativa e formação profissional para jovens em museus de arte contemporânea], de Carolina Silva.
OBJETIVOS
– Dialogar com as diferentes equipas do museu de forma a criar dinâmicas de pensamento comum.
– Expandir a rede de contactos, seja de jovens ou seja de profissionais, do sector cultural.
– Refletir como obter e exercer voz ativa no museu e no espaço público.
– Criar momentos de reflexão com propostas teórico-práticas de artistas.
– Participar ativamente na construção de um programa cultural.
– Definir em conjunto formas de relacionamento entre corpo, cidade e museu.
– Jogar com as relações interdisciplinares que o museu promove.
– Alargar conhecimentos sobre arte e cultura contemporâneas.
Coletivo de Jovens MAAT – Ecologia do Sentir, é o nome escolhido para esta segunda fase, onde propomos o alargamento do projeto para fora de portas, aliando noções de territórios culturais, geográficos e afetivos. E também de reflexão acerca de como, através da arte, a arquitetura e a tecnologia (três pilares disciplinares do museu) estabelecem memórias afetivas que serão problematizadas à luz de uma ação política e social de como podemos pensar em conjunto uma ecologia do sentir.
O programa pretende promover o estreitar das fronteiras entre os territórios do museu e da cidade. Entender o museu enquanto entidade cultural que atua também “fora de portas”, no espaço público e diretamente com comunidades, numa ação onde os discursos e metodologias artísticas são o alicerce para a promoção de leituras do espaço público, para a procura de proximidade de novos públicos ao museu e a oportunidade de criar também momentos de ligação com outras entidades locais ou não, que façam sentido aos jovens para o projeto em desenvolvimento.
PERTINÊNCIA DO COLETIVO DE JOVENS
Este programa, iniciado em 2021, pretende testar e desenvolver uma nova tipologia de programação continuada para jovens (17-24) dentro do MAAT, assim como criar um espaço de diálogo participativo e de escuta ativa que envolva os jovens na programação que lhes é dirigida dentro do museu. É sua ambição também testar e desenvolver estratégias colaborativas entre jovens e entre jovens e profissionais da área das artes.
Arte, arquitetura, ecologia, design, tecnologia, ciência – todas estas áreas e muitas outras se podem cruzar neste coletivo. Um programa continuado para jovens deseja ser um espaço experimental e interdisciplinar de criação colaborativa. O programa é estruturado em temporadas de um ano, onde se desenvolvem projetos com e para jovens e em conjunto se pensam questões da contemporaneidade que nos inquietam. Este eixo de programação tem também como objetivo ser uma oportunidade para os jovens participantes conhecerem e trabalharem com artistas, curadores, cientistas e outros profissionais ligados à programação do museu.
CONTEÚDOS E PROBLEMATIZAÇÕES
– O que pode estar no espaço comunitário para além do espaço físico?
– É esse espaço comunitário um espaço confortável e acessível para todos?
– Que camadas existem no espaço público para serem problematizadas?
– Como nos relacionamos com a cidade e com a nossa rua e de que forma a arte e tecnologia nos podem ajudar nessa pesquisa/interpretação?
– Que discursos estão embutidos e impregnam a nossa relação imagética na interceção entre arte, arquitetura e tecnologia?
– Como se deve intervir?
– Como diluir preconceitos e desfasamentos geracionais?
– Que corpos? Quem pode/deve reivindicar o espaço?
ESTRUTURA E CALENDARIZAÇÃO 2023–2024
As sessões serão quinzenais e vão decorrer às segundas-feiras, 17.30, no MAAT e/ou espaços da cidade.
Sessões de conversa, debate e trabalho prático envolvendo diversas técnicas de artes visuais.
Serão criados momentos de reflexão e trabalho com artistas convidados, sendo estes selecionados com o grupo.
Antes da abertura do programa, em setembro, será realizado um workshop-laboratório de escuta para captação e “escuta ” de jovens, para alicerçar as estratégias e planeamento do programa a implementar a partir de outubro.
As sessões terão três eixos orientadores: corpo, território e afetos, que serão divididos em 5 sessões para cada tema + 2 sessões para elaboração de um projeto participativo*.
CORPO – 4 sessões
23/10/2023
06/11/2023
20/11/2023
04/12/2023
TERRITÓRIO – 4 sessões
08/01/2024
22/01/2024
05/02/2024
19/02/2024
AFETOS – 6 sessões
11/03/2024
25/03/2024
08/04/2024
22/04/2024
06/05/2024
20/05/2024
PROJETO PARTICIPATIVO *
27/05/2024
03/06/2024
15/06/2024 (sábado)
*a definir com os participantes
Com: Fabrícia Valente, Maribel Sobreira