Clima: Emergência > Emergente
maat, abril – dezembro 2021
Ao chamar a atenção para a emergência climática, a iniciativa de programa público Clima: Emergência > Emergente estimula análises críticas e propostas criativas que procuram ir além do catastrofismo, fazendo emergir futuros ambientalmente sustentáveis.
De âmbito internacional e interdisciplinar, o programa foi idealizado pelo recém-fundado Coletivo Climático, dirigido por T. J. Demos, e destina-se a reunir diferentes profissionais de cultura que trabalham na interseção das artes experimentais com a ecologia política.
Leia a declaração do Coletivo Climático no maat ext. (em inglês).
O programa acontece online, entre abril de 2021 e janeiro de 2022.
O primeiro evento ocorre no dia 30 de abril:
30/04/2021
Conversa #1
CLIMA: EMERGÊNCIA > EMERGENTE: UMA INTRODUÇÃO
a partir das 10.00 de sexta-feira, no YouTube do maat
com T. J. Demos, Molemo Moiloa, Susan Schuppli e Paulo Tavares.
Veja as apresentações pelos membros do Coletivo Climático.
CLIMA: EMERGÊNCIA > EMERGENTE: UM DEBATE
Junte-se à conversa em direto, às 18.00, no YouTube do maat
com T. J. Demos, Molemo Moiloa, Susan Schuppli e Paulo Tavares
moderada por Margarida Mendes.
Série de Vídeos do Coletivo Climático
Vídeo #1
RECLAMATION
de Thirza Cuthand (2018)
Para ver no maat ext.
T. J. Demos, presidente e curador chefe do Coletivo Climático, é um escritor galardoado em arte contemporânea, política global e ecologia. É professor no Departamento de História da Arte e Cultura Visual da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, e fundador e diretor do Centre for Creative Ecologies. O seu trabalho centra-se em geral na conjunção da arte e da política, examinando a capacidade da prática artística para conceber estratégias inovadoras e experimentais que desafiem as convenções sociais, políticas e económicas dominantes.
Sediada em Joanesburgo, onde é docente de Histórias das Exposições, na Universidade de Witwatersrand, Molemo Moiloa traz uma abordagem antropológica ao Coletivo Climático através do seu envolvimento em vários projetos relativos à prática museológica pan-africana. O seu trabalho académico tem-se centrado mais recentemente nas subjetividades políticas da juventude sul-africana, e em 2013 recebeu o Prémio John Blacking pela sua dissertação de Mestrado em Antropologia.
Susan Schuppli é uma artista e escritora, sediada em Londres, que investiga a forma como testemunhas não-humanas, tais como materiais e objetos, participam no debate público e testemunham acontecimentos históricos, nomeadamente os que envolvem violência política, conflitos étnicos e crimes de guerra. O seu trabalho atual explora o modo como as ecologias tóxicas, desde acidentes nucleares e derrames de petróleo até à neve escura do Ártico, estão a produzir um arquivo de “imagens extremas” de erros materiais. Schuppli é diretora e leitora do Centre for Research Architecture na Goldsmiths em Londres e Presidente do Conselho da Forensic Architecture.
Paulo Tavares é um arquiteto, investigador e escritor brasileiro, professor na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília. O design e a prática pedagógica de Tavares abrangem diferentes territórios, geografias sociais e meios de comunicação social. A sua obra aborda as relações entre o conflito e o espaço, na medida em que se cruzam no âmbito dos planos a diversas escalas das cidades, territórios e ecologias. A prática de Tavares combina design, cartografia e escrita como modalidades interligadas de leitura das condições espaciais contemporâneas.
A pesquisa de Margarida Mendes explora a sobreposição de infraestruturas, ecologia, cinema experimental e práticas sonoras, investigando as transformações ambientais e o seu impacto nas estruturas sociais e na produção cultural. Foi curadora de diversas exposições, tendo igualmente integrado a equipa de curadores da 4.ª Bienal de Design de Istambul (2018) e a 11.ª Bienal de Gwangju (2016), na Coreia do Sul. É consultora da Sciaena, uma ONG ambiental que atua no domínio das políticas marítimas e de extração mineira no alto mar, e codirigiu plataformas de ensino, tais como a escuelita – uma escola informal integrada no Centro de Arte Dos de Mayo (CA2M) em Madrid – e a plataforma de investigação em ecologia The World In Which We Occur/Matter in Flux.