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Sobre o MAAT

Inaugurado em outubro de 2016 no contexto da política de mecenato cultural há muito assumida pela Fundação EDP, o MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia é uma instituição internacional que se dedica a promover o discurso crítico e a prática criativa com vista a suscitar novos entendimentos sobre o presente histórico e o compromisso responsável com o futuro.

 

Situado na frente ribeirinha da zona histórica de Belém, em Lisboa, o MAAT engloba uma central termoelétrica construída em 1908 – MAAT Central – e um edifício contemporâneo – MAAT Gallery – ligados por um jardim que se estende ao longo do rio Tejo – MAAT Garden. Para além da programação de exposições e atividades temporárias – Agenda –, o museu integra também exposições permanentes, como A Fábrica da Eletricidade na Central, ou as esculturas nos espaços exteriores.

 

Partindo das múltiplas camadas da história preservada no seu património cultural e artístico, o MAAT advoga um conceito de museu como plataforma catalisadora da conversão do discurso em ação e da autonomização do público no exercício do seu poder de escolha através da articulação do debate, da partilha de posições e da formulação de conhecimento. Com o objetivo de incentivar uma relação aberta e transformadora entre as instituições culturais e a mutação social, o museu procura simultaneamente interrogar e celebrar as ambições intelectuais e os meios criativos através dos quais imaginamos (com a arte), habitamos (com a arquitetura) e criamos (com a tecnologia) o mundo em que vivemos – isto é, os modos como constantemente redefinimos o nosso compromisso coletivo para com o ecossistema planetário a que pertencemos.

 

Campus

MAAT Garden

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MAAT Central

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MAAT Gallery

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central
FG + SG - Fotografia de Arquitetura
MAAT Central

Construída entre as décadas de 1910 e 1940, a Central Tejo foi uma central termoelétrica que pertenceu às Companhias Reunidas de Gás e Eletricidade (CRGE) e forneceu energia elétrica a toda a região de Lisboa. Operou ininterruptamente de 1909 a 1954, e manteve-se em funcionamento limitado até à década de 1970.

A arquitetura da Central Tejo, com imponentes estruturas de ferro revestidas a tijolo e fachadas que refletem diversas influências, é típica das chamadas “fábricas de eletricidade” do final do século XIX. O atual edifício resulta de ampliações subsequentes com vista a aumentar a capacidade produtiva.

Classificada como Imóvel de Interesse Público em 1986, a Central abriu ao público pela primeira vez em 1990, então como Museu da Eletricidade. Mais tarde, passou por um período de restauro antes de reabrir em 2006.

É no MAAT Central que se pode visitar a exposição permanente A Fábrica da Eletricidade, conhecer melhor a Coleção do Património Energético Fundação EDP, ou ainda aceder a uma oferta variada de exposições temporárias e programas públicos.

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Foto/Photo: Francisco Nogueira
MAAT Gallery

Projetado pelo estúdio da arquiteta britânica Amanda Levete (AL_A), o edifício MAAT Gallery abriu ao público em 2016, ao lado da reconvertida central termoelétrica Central Tejo, construída em 1908, “propondo uma nova relação com o rio e o mundo exterior”. Ainda nas palavras de Levete, o MAAT Gallery é “um edifício poderoso, porém de estrutura delicada e baixa altura, que explora a convergência da arte contemporânea, arquitetura e tecnologia.”

O projeto visou fundir estrutura e paisagem e permitir ao público caminhar sobre, debaixo e através do mesmo, ou à beira-rio. A cobertura, concebida como prolongamento do espaço público, dá acesso à cidade através de uma ponte pedonal sobre a linha ferroviária e oferece uma vista inesquecível sobre Lisboa e o rio Tejo. A frente ribeirinha é tão essencial ao projeto que o seu desenho procurou refleti-la no espaço interior: a cobertura suspensa que proporciona uma bem-vinda sombra capta a luz do sol refletida na água, conduzindo-a ao interior do edifício através de claraboias.

Com 3.000 metros quadrados, os espaços interiores foram desenhados de modo a fluírem organicamente entre si, permitindo a circulação ininterrupta através de volumes com escalas radicalmente diferentes e funções reconfiguráveis – como, por exemplo, a invulgar Galeria Oval. Nestas galerias, o museu apresenta uma programação intensa de exposições temporárias, eventos públicos e educativos.

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FG + SG - Fotografia de Arquitetura
MAAT Garden

Numa faixa de território ribeirinho com cerca de 225 metros, o projeto paisagístico do arquiteto libanês Vladimir Djurovic faz referência às matas que crescem em certas zonas do rio Tejo, e visa destacar a sua natureza e características inerentes por via do contraste com a rica e variada vegetação circundante. A norte, colinas suaves e uma densa vegetação arbórea atenuam o impacto do tráfego rodoviário e ferroviário. A sul, do lado do rio, os socalcos e uma praia de cascalho convidam à permanência e à descontração, tal como sucede na praça com blocos de granito.

O núcleo do MAAT Garden consiste numa área de prado misto florido com árvores dispersas e um caminho pedestre pavimentado com blocos de granito que conduz ao jardim adjacente, a oeste. Localizada entre a praia e os espaços arborizados, esta zona acentua o caráter distintivo de ambos os jardins, confere biodiversidade ao espaço e serve, simultaneamente, fins educativos.

Neste notável espaço de lazer de livre acesso que abraça os seus dois edifícios, o museu apresenta esculturas de grande escala, para além de uma programação frequente de eventos performativos e de outras naturezas.

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Helena Almeida
Helena Almeida, 2011.
Coleção de Arte Fundação EDP

 A Coleção de Arte Fundação EDP começou a ser constituída em 2000 com o objetivo de abranger diferentes gerações de artistas portugueses contemporâneos, bem como várias formas de expressão e criação artística como a pintura, fotografia, vídeo ou instalação. Em constante evolução através de aquisições anuais, a coleção integra mais de 2000 obras da autoria de mais de 300 artistas.

Embora a peça mais antiga date de 1942, esta coleção teve como referência cronológica de partida a década de 1960, época de mudanças revolucionárias não apenas na sociedade – com o surgimento dos movimentos de direitos civis, a revolução sexual e os protestos da contracultura – mas também na arte – com o surgimento da arte pop, do minimalismo e da arte conceptual, entre muitos outros movimentos. É também desta altura a criação da Companhia Portuguesa de Eletricidade, precursora da EDP.

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Sala das Caldeiras de Alta Pressão. FG + SG – Fotografia de Arquitetura.
Coleção de Património Energético Fundação EDP

A Coleção de Património Energético Fundação EDP é especializada no sector energético nacional, designadamente o setor elétrico, e tem um acervo que remonta ao século XIX. É composta por cerca de 3500 peças inventariadas em núcleos temáticos tais como aparelhos de medida, contadores, eletrodomésticos, iluminação, material de laboratório, entre outros. A coleção, que herdou toda a maquinaria e equipamentos originais da Central Tejo, começou a ser constituída em 1998 com a recolha e inventariação de peças e equipamentos que se encontravam dispersos por várias instalações da EDP com o propósito de preservar, conservar e divulgar um património histórico herdado das várias empresas de produção, transporte e distribuição de energia elétrica do país. A esta recolha acrescem incorporações de outras peças provenientes de ofertas particulares e institucionais. A exposição permanente Fábrica da Eletricidade permite ao visitante conhecer uma parte relevante desta coleção.

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