Francisco Camacho dirigiu 22 espetáculos de grupo e 20 a solo, uns para o palco e outros para espaços não convencionais, a par de 13 obras em coautoria e várias outras em contexto pedagógico, nas áreas da dança e do teatro. Apresentou-se um pouco por todo o mundo e recebeu os prémios Bordalo/Casa da Imprensa (1995 e 1997) e ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão (1994/95; e Menção Especial 1992/93). Foi intérprete de Paula Massano, Alain Platel, Lúcia Sigalho, Filipa Francisco, Miguel Moreira e Tonan Quito. Destaca a colaboração regular com Meg Stuart, a par das cumplicidades com Carlota Lagido, Sílvia Real e Fernanda Lapa. Fundou e dirige a EIRA.

Beatriz Valentim é bailarina, coreógrafa e professora. Estudou na Escola de Dança do Conservatório Nacional (Lisboa), no Elit Trainning Program da Companhia Budapest Dance Theatre (Budapeste), no F.O.R. Dance Theatre da Companhia Olga Roriz (Lisboa) e concluiu a Pós-Graduação em Dança Contemporânea da ESMAE; é licenciada em sociologia pelo ISCTE-IUL. Tem vindo a colaborar com Olga Roriz, Raimund Hoghe, Mafalda Deville, São Castro e António Cabrita, Sílvia Real, Francisco Camacho, Né Barros, Jonas & Lander, Joana Magalhães e Clara Andermatt. A sua criação “O que é um problema?” questiona os mais jovens sobre os seus problemas, num espetáculo que concilia dança, música ao vivo e artes plásticas. “Vanishing”, em colaboração com Bruno Senune, é o seu último espetáculo, estreado em abril de 2024.

João Oliveira é um intérprete e criador, baseado no Porto. Trabalha tanto como ator e bailarino, tendo já colaborado com diversos encenadores e coreógrafos, desde Carlos Costa, Né Barros, Sofia Dias & Vítor Roriz, Filipe Moreira, Ricardo Pais, Madalena Vitorino, Bernardo Gavina, Francisco Camacho, Rogério Nuno Costa, entre outros. Como criador, tem o interesse de cruzar várias linguagens, principalmente o teatro e a dança, e no último ano, tem-se aventurado na criação de textos dramatúrgicos. É autor das peças Dois Peixes em Marte (2021) com Andreia Fraga; Caem Calhaus do Céu (2022); Dostoyevsky Made Me Do It (2023); e Violeta (2023). Em 2023, foi um dos Guest Artists no Festival DDD – Dias da Dança 2023.

Bailarina, coreógrafa, professora e ser humano com um sotaque engraçado, 1996. Luso-eslovena, criada e crescida em Trieste, Itália, maturada na Eslovénia. Formada em ballet no Conservatório de Maribor, expande os horizontes através da licenciatura em Línguas e Literaturas na Universidade de Trieste. Segue para o Porto para aprofundar os estudos de dança na Oficina ZERO. Salienta o seu trabalho de intérprete com Edward Clug, Dario Cossutta, Daniel Matos, Ana Rita Barata, João Sanchez, Davis Freeman, Madalena Victorino, Francisco Camacho, Ana Jezabel, Paulina Olowska, João dos Santos Martins, Kensaku Shinohara, entre outros. Vive o corpo como uma arena de desconstrução e celebração, numa busca contínua pela emancipação e o prazer. Em 2021 cria LADYLIKE, que apresenta nos festivais Multiplicidades e Danceproject (IT). Em 2022 o projeto é selecionado para Projeções (Balleteatro) e em 2024 integra a MNJC (Gerador). Está em processo de criação de VORACE, com o apoio Novos Materiais - Materiais Diversos.

Sérgio Bruno Tavares Delgado, nasceu em Moçambique em 1972, estudou no Hot Club de Jazz e iniciou a sua actividade como compositor/músico/sonoplasta para teatro em 1996, tendo participado, até à data, em mais de 100 espectáculos.
A sua versatilidade artística faz com que já tenha trabalhado com vários encenadores, companhias e coreógrafos, como, Bruno Bravo–Primeiros Sintomas, Cristina Carvalhal–Causas Comuns, Jorge Andrade– Mala Voadora, Carlos Jorge Pessoa–Teatro da Garagem, Nuno Cardoso–Ao Cabo Teatro, Marcos Barbosa–Teatro Oficina, Ricardo Neves Neves–Teatro do Eléctrico, Miguel Seabra– Teatro Meridional, Catarina Requeijo, Diogo Infante, Sandra Faleiro, e Francisco Camacho.

A EIRA é uma estrutura dedicada ao desenvolvimento e promoção, nacional e internacional, da dança e da performance contemporâneas. Tem como missão apoiar e apresentar artistas residentes em Portugal e do estrangeiro, cujas áreas de trabalho são a dança e restantes disciplinas artísticas que trabalham o corpo, o movimento e o pensamento. São objetivos da EIRA criar, produzir, difundir, promover, afirmar e projetar a contemporaneidade. Desde 2015, organiza o Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa – Cumplicidades. Paralelamente, desenvolve atividades de formação e sensibilização de públicos, dirigidas à comunidade em geral.